quarta-feira, 21 de maio de 2014

No limite", Prefeitura do Natal confirma corte do pontos dos grevistas

A Prefeitura do Natal vai cortar o ponto dos servidores municipais que estão em greve. A informação foi confirmada no início da tarde desta quarta-feira (21). De acordo com o Executivo, a proposta limite de reajuste do Executivo já foi colocada à mesa de discussões e não há como chegar próximo ao que é pedido pelos grevistas, que estão de braços cruzados há 45 dias. 

De acordo com a Prefeitura, o Executivo sempre esteve aberto ao diálogo e ao entendimento com os representantes do funcionalismo. A proposta de reajuste de 5,68% no salário dos servidores, além do reajuste de 8% já concedido em janeiro, daria aos servidores um ganho real de 14,13%. "Até o momento, desconhece-se outra administração pública no país que tenha concedido uma elevação salarial em patamar e condições semelhantes", disse o Executivo.

O Sindicato dos Servidores Públicos e Municipais de Natal (Sinsenat), afirma ter ficado surpreso com a decisão, considerando-a precipada. "foi uma decisão equivocada. Ainda mais quando todos sabem que a greve foi decretada legal pela justiça. Nesta segunda-feira recebemos proposta da Prefeitura e levamos para uma assembleia hoje. Aceitamos a proposta, contando que não tire as vantagens que o servidores já recebem. Até sexta-feira (23), data que está marcada uma nova assembleia, a greve continua", afirma a presidente do Sinsenat, Soraya Godeiro.  

Além do reajuste, o Município garante que atendeu a outro ponto central da pauta de reivindicação apresentada pelos sindicatos, assegurando o fim do abono salarial complementar aos vencimentos dos funcionários que recebem o salário mínimo. Segundo a Prefeitura, a proposta vai acarretar em um acréscimo de R$ 2,7 milhões mensais na folha de pagamento do Município, gerando ao ano um impacto de R$ 35 milhões nas despesas com pessoal.

"Estas são medidas significativas e que fizeram a Prefeitura alcançar o nível máximo de suas possibilidades orçamentárias e financeiras, ainda mais depois da situação encontrada em janeiro de 2013, há menos de um ano e meio, portanto", disse a Prefeitura através de nota, garantindo ainda que extrapolaria o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) caso aumentasse a proposta, deixando o Município impedido de firmar convênio e receber recursos federais.

Garantindo que não pode ampliar a proposta, o Município apelou para que os servidores retomem os serviços. Caso contrário, a Prefeitura reiterou o posicionamento de manter o corte do ponto para os servidores permanecerem afastados de seus postos de trabalho. "A administração municipal se mantém aberta ao diálogo, mas não pode aceitar inerte a greve impulsionada pela intransigência", disse a nota.

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