É preciso estar atento e forte para continuar a luta pelo pagamento do Risco de Vida.

A força da mobilização começa a surtir o efeito esperado. Na tarde desta segunda-feira (14/01) representantes do Sindesp/RN (Sindicato das Empresas de Segurança Privada), do SINDSEGUR e da Federação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reuniram para tratar do pagamento dos 30% do Risco de Vida.

Ao final da reunião o Sindesp prometeu uma resposta sobre o pagamento do adicional de periculosidade até o próximo dia 24. O SINDSEGUR convoca todos os vigilantes para ficarem atentos. “Caso as empresas insistam em não pagar o Risco de Vida vamos organziar novas paralisações a partir do dia 25, até que os empresários decidam respeitar nossos direitos e pagarem o que nos deve conforme a lei”, declarou Bené.

A paralisação de advertência organizada pelo SINDSEGUR nas agências do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal abalou os lucros dos bancos, que, por sua vez, chamaram as empresas responsáveis pela segurança para explicar o ocorrido.

Além de comprometer a lucratividade dos bancos a paralisação dos vigilantes nestas agências bancárias causou um grande impacto junto à sociedade, que ficou sem o atendimento bancário durante todo o dia, e ainda foi informada sobre a falta de respeito das empresas de segurança com seus trabalhadores. Além disso, a população está ciente de que ocorrerão novas paralisações caso os empresários não cumpram a Lei do risco de vida dos vigilantes. Como bem disse José Boaventura, presidente da CNTV, “Nós vigilantes batalhamos e conquistamos uma lei que reconhece a nossa profissão como profissão de risco. Queremos receber o correspondente ao que essa lei estabeleceu. A nossa luta é, também, para garantir que nós saiamos de casa para trabalhar e voltemos vivos. Vim a Natal apoiar a luta dos companheiros do SINDSEGUR, que tiveram a coragem de romper com um sindicato de ladrões (o Sindvigilantes) que estava roubando a categoria, e a partir da mobilização o SINDSEGUR veio conquistar o respeito. Estamos juntos nesta luta. Nós não vamos entrar na justiça pra cumprir a lei do risco de vida, a lei vai ter que ser cumprida na marra, na mobilização, na greve, por que nós queremos trabalhar e viver”.

A luta pelo pagamento do Risco de Vida conta com o total apoio do Sindicato dos Bancários e da Confederação Nacional dos Vigilantes, que tem percorrido o país para fortalecer essa luta.